Hoje , durante o jantar, tomei consciência de um facto. Aliás, dois factos ; o primeiro é jamais voltar a misturar Coca-Cola, pizza com molho de natas e gelado de morango com chantily. Não sei porquê, mas estes três provocam uma reacção química estupidamente estranha, que resulta num acumular de gases e vapores que a determinada altura acabam mesmo por sair disparados pela rectaguarda do meu corpo, causando uma nuvem meia acinzentada com elevados valores de toxicidade. O segundo facto que tomei consciência hoje - e aquele realmente importante, não que desvalorize o que o meu corpo expele, independentemente do local de saída - é que o Paulinho continua a ser o roupeiro do Sporting . Digo já de caras, que não faço a mínima ideia de há quantos anos ele lá anda, mas muito provavelmente, seria ele que tratava das folhas com que o Adão e a Eva se tapavam no Paraíso, local onde ele foi ficando até construírem o estádio de alvalade, onde actualmente (e pelo andar da carruagem, eternamente ) trata da roupa interior de 11 marmanjos. O então "roupeiro", é agora apelidado de "técnico de equipamentos", isto seguindo uma moda de dar novos nomes a coisas velhas só para a pessoa não se sentir mal, tipo o fogareiro ser chauffeur de praça, o fiscal de linha agora ser o árbitro assistente, ou a gaja loira de mini saia que trabalha lá no escritório a atender telefones e a fazer café ser chamada de assistente pessoal do patrão . Eu acho uma estupidez limitarem o trabalho do Paulinho a tratar da roupa, para mim ele é a chave para o clube sair da crise desportiva em que está. Com os anos a passarem e os títulos a teimarem em não aparecer, os sportinguistas têm que se habituar com a ideia de que o Jardel já não vai voltar . O "Porque Será?" foi substítuido pelas mãos em forma de coração do levezinho, que, com muita pena minha, vamos vendo cada vez menos, talvez devido a problemas cardíacos. E vamos vendo menos porquê ? porque o Paulinho não joga . Essa é para mim a solução óbvia para a crise no Sporting. Numa equipa de 11 coxos e marrecos, quem melhor do que um gajo que é coxo e marreco desde que nasceu para dar a volta à questão ?! Isto já para não falar no facto das pessoas não tratarem tão mal a equipa, todos sabemos que é falta de educação chamar nomes a pessoas com problemas físicos e mentais ( à excepção do primeiro ministro...) . No meio disto tudo está o departamento médico do clube. Os jogadores têm medo de jogar e de se aleijarem, pois lembram-se do Paulinho que anda lá mais ou menos desde a fundação do clube, e até hoje continua coxo - não é um bom agoiro ! - Se eu fosse jogador de futebol, gostava de ter confiança nos médicos do clube, ao ponto de levar dois ou três balázios no meio da cabeça numa qualquer discoteca da margem sul, e o médico me mandar pôr gelo , tomar ben-u-ron para a dor de cabeça e estar pronto para treinar às 9h00 da manhã do dia a seguir. Uma boa ideia seria ter um oftalmologista e um oculista no banco de suplentes do Sporting, já que com a quantidade de passes e remates mal feitos a meia dúzia de metros, o mais certo é eles precisarem de usar óculos. Depois, e como eu sempre ouvi dizer, os maus exemplos vêm de cima. O presidente Bettencourt é boa pessoa sim senhor, tem uma cor de cabelo muita gira, mas de bola não pesca nada. Existe uma pequena diferença entre banco de suplentes e banco de depósitos. Quando se ouviu falar da subida de valor da Euribor, Bettencourt terá dito " contratem já esse tal de Euribor , falam dele no mundo todo, o sacana deve ser mesmo bom".
Em último caso, não vá o Paulinho não se ajeitar a dar pontapés na bola, a única solução que eu vejo é contratar um hipnotizador. Não para hipnotizar os jogadores, mas sim para hipnotizar o Pinto da Costa. E peguntam vocês, porquê o Pinto da Costa ? 'Porquê o Pinto da Costa' ? Boa pergunta, pois eu pagava a um hipnotizador para hipnotizar o senhor a quem a Carolina Salgado cortava os pelinhos do nariz, só para ele o convencer a ser do Sporting, nem que fosse só por 15 minutos, tendo em conta que estamos a falar de Pinto da Costa, chega e sobra para garantir a conquista de 3 ou 4 títulos de campeão nacional nos próximos anos.
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