domingo, 26 de dezembro de 2010

IntimidadeS NatalíciaS


Este ano achei por bem, e acima de tudo por mal, partilhar com todos aqueles que têm a ousadia e a intrepidez mental (não faço a mínima ideia do que acabei de escrever) de ler os conjuntos de palavras ordenadas e colocadas por ordem que eu escrevo. Isto quando não estou podre de bêbado e acabo pro ecresver cosias qeu noã fazme sentdfo nenhun. Dizia eu que ia partilhar com todos vocês , ou seja, com as 3 pessoas que me lêem - obrigado mãe, Bobby e Tareco - uma foto da minha consoada de Natal. Juntei um grupinho de amigas que fiz na Associação De Pessoas Extremamente Tímidas e Inibidas . Aí estou eu, como podem ver, com a chamada Sacrifice Face , ou  Tromba de Sacrifício, em português, numa das fotos que tiramos em que ainda havia roupa a tapar algumas partes mais pontiagudas dos nossos corpos. Posso-vos dizer que acabamos a noite a jogar Monopólio genital. Apenas vos digo que fartei-me de pôr o meu arranha-céus nos lotes abertos das meninas. Mas isso não interessa nada. Até porque o que é bom, acaba-se depressa e eu tenho que me preparar para a passagem de ano, e , como é óbvio, algo de estranho irá acontecer, não fosse eu o Mr. Bean das lagartas. Despeço-me, não sem antes desejar um Natal mais ou menos e um Ano Novo assim assim. O Natal espectacular e um grande ano de 2011 guardei eu para mim!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

A Ida Ao Barbeiro



Hoje fui ao barbeiro. Só por si, assim à primeira e à segunda vista e como quem não quer a coisa, não parece nada de especial. Não seria nada de especial para uma pessoa normal, mas para um perfeito palerma como eu, é óbvio que deu buraco. Ai se deu. Só corto o cabelo p'rai de 3 em 3 meses, ou mais. Basicamente, só quando estou numa sala escura com as luzes apagadas e nem o preto consigo ver, aí sim, é altura de ir visitar o barbeiro. Barbeiro esse que me corta a trunfa há mais de duas décadas e me conhece de pequenino. Agora façam as contas. Se eu lá for de 3 em 3 meses, significa que vou lá 4 vezes por ano, vezes 20 e tal anos dá mais de 100 visitas. Apesar disso, não é que o cabrão não sabe o meu nome ?! Pior ! Não só não sabe o meu nome, como me chama de Tiago. Tiago ?!?! Ah , peço desculpa, Tiago é parecidíssimo com Rui. É tipo Cornetto e Calippo.
"Dê-me um Calippo de morango se faz favor" , " O quê? Queres um Cornetto de Chocolate?". Enfim, não vamos por aí. 
Como eu estava a dizer, entrei e ouvi logo um " então Tiago, vens cortar o cabelo". Começas bem, pensei logo eu para mim. Não, quero 1 kg de carne de vaca picada. 2 vezes se faz favor. Não disse isto porque sou um gajo educado e refinado, mas vontade não me faltou. No seguimento de coisas boas, a máquina encravou, e com ela foi metade do meu escalpe agarrado. Saltou uma posta que mais parecia um lombo de bacalhau que outra coisa. Foi nessa altura que eu vejo o Sr.Ernesto entrar. Caguei-me todo, foda-se.
- Oh Tiago, a máquina encravou, e assim que acabar de dar uns pontos na tua cabeça, aqui o Sr. Ernesto corta-te o cabelo, tá bem ?
Para quem não sabe, o Sr. Ernesto é o jardineiro lá do bairro. Anda sempre com uma moto-serra numa mão e um cortador de relva na outra. Corre o boato que cortou a cabeça da mãe porque ela lhe deu uma prato de Cerelac quente demais. Bom, lá os convenci a mandar o Sr. Ernesto embora e lá acabaram por me cortar o cabelo. Uma coisa que nunca percebi é o calor que faz dentro daquela barbearia. Acho que dormir dentro de uma lareira acesa é mais fresquinho. Como começo logo a suar, quero é que eles se despachem. Assim que sinto a mão na minha testa suada penso logo 'pronto, o cabrão do velho tá a sentir a nhanha peganhosa e vai me cortar o cabelo aos bicos'. 'Tá bom ou vê lá se queres mais curto' , eu abano logo a dizer que sim, pago e vou embora. Assim que chego ao carro vejo logo a merda que me fizeram. Consigo chegar a casa mais depressa do que se estivesse à rasca para cagar. Vou à casa de banho e olho-me no espelho. Sofro daquilo a que chamo Efeito Whisky. É o mesmo que acontece quando vamos à discoteca e, podres de bêbados, engatamos uma gaja boa como o milho. No dia a seguir quando acordamos sóbrios, damos conta que temos um entrouxo manhoso com ar de pindérica atrombolhada ao nosso lado. É mais ou menos o efeito dos espelhos nos ginásios ; parecemos sempre magros e musculosos. Quando chegamos a casa e nos vamos olhar ao espelho, damos conta que do ginásio até casa ganhamos uma pança maior que a do Nicolau Breyner. Resultado : dou comigo com a cabeça no lavabo e com a tesoura na mão. Passados 5 minutos e outras tantas tesouradas, só me vem uma coisa à cabeça ; abençoado o gajo que inventou o boné . . . .

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O (in)Voluntário



Lamento profundamente informar todos aqueles que pensavam que eu já tinha morrido, e passo a citar 'eh pá , o cabrão morreu', pois para alegria de . .  basicamente ninguém, eu estou vivo e de boa saúde. O cuspir sangue, os vómitos e as fezes a parecerem mousse de chocolate mas com cheiro de diarreia de há 4 dias, segundo o meu médico, são apenas sinais de stress. Abençoado stress, seja lá ele o que for. Acontece que acordei um dia -lá está, mais um sinal de saúde, quem não acorda de manhã não padece de grandes perspectivas além de um cemitério - e disse : Foda-se, quem é que se cagou aqui que tá um cheiro a merda horrível ? Depois apercebi-me que tinha dormido sozinho e calei-me. Basicamente o que eu quero dizer é que tive uma epifânia. Não tem nada a ver com afanar, tem a ver com o facto de eu ter tido uma visão, uma luz que me disse Oh grande monte de merda, faz algo de útil na vida. Isso e mais meia dúzia de palavrões que nem me atrevo a repetir aqui. Foi então que decidi embebedar-me. E assim foi. Resultado: 4h da manhã deitado  no meio da rua na 24 de Julho, aquecido com o meu próprio vomitado espalhado pelo meu corpo. Foi então que apareceram uns gajos de uma associação que têm por hábito (que merda de hábito, mas enfim) agarrar em gajos podres de bêbados e fazê-los assinar inconscientemente uma declaração na qual se tornam membros de uma associação de voluntários chamada Trabalhadores Involuntários. E pronto, sem saber ler nem escrever, lá fui para uma missão voluntariado na Etiópia, vejam bem. Eu, que o mais longe que tinha foi até Paço D'Arcos o Verão passado para tomar um banhinho na praia do cagalhão. A minha missão consistia em localizar e procriar com o maior número de mulheres loiras de olhos azuis cujo principal meio de transporte no deserto da Etiópia, fosse um Ferrari amarelo. Como devem calcular, a missão foi um estrondoso, hummmmmm . . . como é que eu hei-de dizer isto, fiasco! É isso, fiasco. Mais depressa abria uma loja Emporio Armani , e ficava rico a vender roupas chiquérrimas e caras como a puta c'os pariu no meio do deserto, do que encontrar mulheres loiras de olhos azuis cujo principal meio de transporte no deserto da Etiópia, fosse um Ferrari amarelo. Mas nem tudo foi mau. Fiquei a saber que as camelas são óptimas na cama. Nas dunas, vá. Só por si, o simples facto de comer uma camela numa duna do deserto da Etiópia, já é muito mau, o facto de cada trancada que lhe dava me vinha a imagem do Rui Reininho à cabeça, isso meus amigos, marca-me até hoje. "Dunas , são como divãs . . .  biombos indiscretos , bla bla bla" , são o raio que ta parta pá! Eu bem que via os outros camelos a rirem-se de mim lá atrás, mas sempre ouvi dizer, malandro que é malandro não estrilha, muda de esquina. Ou de duna.

                 ATENÇÃO : TÁ UM P.S AQUI EM BAIXO











P.S: É com grande orgulho que vos digo que assim que voltei, passei 2 dias e 3 noites enfiado na primeira casa de putas que encontrei. Só me levantava da cama para mijar, e isso só quando o penico já estava cheio. Posso-vos dizer que tive a gaita mais tempo enfiada na boca do que o pífaro na boca do Rao Kyao . . .